Desde jovem Hitler apostou inutilmente firmar-se como um artista. Em setembro de 1908, em uma tentativa frustrada de entrada na Academia de Belas Artes de Viena, Adolf Hitler foi excluído logo de inicio em um dos testes, em que seu examinador disse-lhe que suas pinceladas não eram suaves, e sim toscas. Era capaz de reproduzir gravuras, mas nunca de criar uma pintura tão impressionante.
Por esse seu passado vinculado à arte, o exercito alemão o incumbiu de tarefas propagandistas no período pós Primeira Guerra Mundial, na Alemanha, contratando-o para neutralizar o crescimento comunista e pró-bolcheviques das tropas.
Mal ingressando no NSDAP (National-sozialistische Arbeiten Partei ou Partido Nacional-Socialista Alemão) em 1919, o chefe militar nazista procurou inspirar-se no principio da arte total wagneriana, aplicando-a no terreno da política de massas, dando ênfase a todas as suas aparições públicas de orador do partido, como se fosse a entrada em um palco de teatro.
Hitler preocupava-se com os mínimos detalhes para dar circunstâncias que envolviam um ar de tragédia heróica e romântica, inspirada geralmente na mitologia guerreira, em que todas as atenções se encontram na figura mítica do deus Wotan, que se apresenta frente ao seu povo. Nunca tentou esconder esse procedimento de ninguém.
Tão importante se fez a propaganda para o novo regime, que Hitler subiu ao poder na Alemanha em janeiro de 1933. Um das principais medidas foi a criação do Ministério da Propaganda, posteriormente entregue a Joseph Goebbels.
Em um regime que se assumia como absoluto, todos os espaços em que os cidadãos circulavam, nas ruas, edifícios, estádios, prédios públicos e privados, fábricas, escolas, etc., todo material impresso deveria ser preenchido pelas mensagens, slogans e símbolos do partido nazista.
“A principal função (da propaganda) é convencer as massas, cuja lentidão de entendimento exige que lhes seja dado tempo para absorver a informação. Por isso, só a repetição constante poderá ter sucesso em reprimir uma idea em suas mentes.” Adolf Hitler
O Führer, que tudo supervisionava, não gostava dos documentários propagandísticos feitos pela gente do partido. Pareciam-lhe improvisados, toscos, coisa de amadores. No governo a situação era outra. Poderia contar com os enormes recursos do Estado alemão, agora dominado por ele e seus seguidores. Foi assim que ao encontrar-se com Leni Riefenstahl indicou-a como sua cineasta de confiança.
Bailarina, artista, diretora e cineasta, Leni Riefenstahl tornou-se a principal musa do movimento nazista na década de 30. Artista famosa por atuar em filmes de montanha, Leni daria um toque de profissionalismo e talento ao filme documentário político alemão, de modo que ficassem apropriadas as barulhentas concentrações de massas, organizadas pelo partido nazista.
O nazismo transformou-se na religião da Alemanha, com a ajuda de Paul Joseph Goebbels, Ministro da Cultura e Propaganda, por meio de propagandas em massa nos meios de comunicação, como teatros, livros, revistas e, principalmente, o uso maciço do rádio e do cinema. As grandiosas manifestações públicas, como os desfiles militares, que passavam uma imagem de força e unidade, tiveram um papel muito importante, por meio do heroísmo mitológico. O governo criou escolas tomadas com base no nazismo, os jovens deveriam se juntar a Juventude Hitlerista, na qual passavam por verdadeira lavagem cerebral.
Quando estava em Viena, Hitler tinha como divertimento a ópera. Algumas obras de Richard Wagner ajudaram na propagação dos ideais nazistas, pois glorificavam o passado mitológico da Alemanha. Ao usar esse artifício dramatúrgico, deu ao povo a esperança que necessitavam, ou seja, a prosperidade econômica do país e uma melhoria de vida ao povo.
A propaganda política nazista foi um dos fenômenos mais marcantes na história. Com ela Hitler, sem recorrer à forca militar, conseguiu a anexação da Áustria e da Tchecoslováquia ao reich e a queda da França.
Em Minha Luta, Hitler estabeleceu as regras básicas da propaganda política nazista, que seriam posteriormente ampliadas e estruturadas por Goebbels. A primeira pergunta que se fez é: a quem se deve dirigir a propaganda política: aos intelectuais ou à massa menos culta?
De acordo com Hitler, a propaganda sempre teria de ser dirigida à massa: “Toda propaganda deve ser popular e estabelecer seu nível espiritual de acordo com a capacidade de compreensão do mais ignorante dentre aqueles a quem ela pretende dirigir. Assim, a sua elevação espiritual deverá ser mantida tanto mais baixo quanto maior for a massa humana ela deverá abranger (...) A arte da propaganda reside justamente na compreensão da mentalidade e dos sentimentos da grande massa. Ela encontra, por forma psicologicamente certa, o caminho para a atenção e para a co-reação do povo (...) O povo, na grande maioria, é de índole feminina tão acentuada, que se deixa guiar, no seu modo de pensar e agir, menos pela reflexão do que pelo sentimento”.
Os princípios propagandísticos de Goebbels, que nortearam a ação da propaganda política nazista à opinião pública resumidamente são:
- Os propagandistas devem ter acesso à informação sobre os acontecimentos e a opinião pública.;
- Toda a propaganda somente pode ser planejada e executada tomando como base informação existente;
- A propaganda deve ser planejada e executada por uma só autoridade;
- A propaganda deve possibilitar o deslocamento da agressão para o ódio.
A propaganda e o uso das técnicas de persuasão basearam-se nos mais sofisticados mecanismos psicológicos, mediante a exaltação do orgulho nacional, com slogans correspondentes aos mitos do romantismo alemão, à religião e à liturgia comunitária, com desfiles, paradas e festivais majestosos, em um clima de descontentamento e frustração do povo alemão de pós-guerra, contribuíram para o sucesso do nazismo.
E a Alemanha seduzida seguiu seu Führer num impulso até o fim, servindo-o com mais esforços que povo algum jamais ofereceu a um chefe. As ideias do partido eram claramente xenófobas, preconceituosas e anti-semitas. Mesmo assim, Hitler recebeu apoio da população, e esta quando se viu encurralada não tinha como reagir, já que a situação fugira fora do controle.
Por esse seu passado vinculado à arte, o exercito alemão o incumbiu de tarefas propagandistas no período pós Primeira Guerra Mundial, na Alemanha, contratando-o para neutralizar o crescimento comunista e pró-bolcheviques das tropas.
Mal ingressando no NSDAP (National-sozialistische Arbeiten Partei ou Partido Nacional-Socialista Alemão) em 1919, o chefe militar nazista procurou inspirar-se no principio da arte total wagneriana, aplicando-a no terreno da política de massas, dando ênfase a todas as suas aparições públicas de orador do partido, como se fosse a entrada em um palco de teatro.
Hitler preocupava-se com os mínimos detalhes para dar circunstâncias que envolviam um ar de tragédia heróica e romântica, inspirada geralmente na mitologia guerreira, em que todas as atenções se encontram na figura mítica do deus Wotan, que se apresenta frente ao seu povo. Nunca tentou esconder esse procedimento de ninguém.
Tão importante se fez a propaganda para o novo regime, que Hitler subiu ao poder na Alemanha em janeiro de 1933. Um das principais medidas foi a criação do Ministério da Propaganda, posteriormente entregue a Joseph Goebbels.
Em um regime que se assumia como absoluto, todos os espaços em que os cidadãos circulavam, nas ruas, edifícios, estádios, prédios públicos e privados, fábricas, escolas, etc., todo material impresso deveria ser preenchido pelas mensagens, slogans e símbolos do partido nazista.

“A principal função (da propaganda) é convencer as massas, cuja lentidão de entendimento exige que lhes seja dado tempo para absorver a informação. Por isso, só a repetição constante poderá ter sucesso em reprimir uma idea em suas mentes.” Adolf Hitler
O Führer, que tudo supervisionava, não gostava dos documentários propagandísticos feitos pela gente do partido. Pareciam-lhe improvisados, toscos, coisa de amadores. No governo a situação era outra. Poderia contar com os enormes recursos do Estado alemão, agora dominado por ele e seus seguidores. Foi assim que ao encontrar-se com Leni Riefenstahl indicou-a como sua cineasta de confiança.
Bailarina, artista, diretora e cineasta, Leni Riefenstahl tornou-se a principal musa do movimento nazista na década de 30. Artista famosa por atuar em filmes de montanha, Leni daria um toque de profissionalismo e talento ao filme documentário político alemão, de modo que ficassem apropriadas as barulhentas concentrações de massas, organizadas pelo partido nazista.
O nazismo transformou-se na religião da Alemanha, com a ajuda de Paul Joseph Goebbels, Ministro da Cultura e Propaganda, por meio de propagandas em massa nos meios de comunicação, como teatros, livros, revistas e, principalmente, o uso maciço do rádio e do cinema. As grandiosas manifestações públicas, como os desfiles militares, que passavam uma imagem de força e unidade, tiveram um papel muito importante, por meio do heroísmo mitológico. O governo criou escolas tomadas com base no nazismo, os jovens deveriam se juntar a Juventude Hitlerista, na qual passavam por verdadeira lavagem cerebral.
Quando estava em Viena, Hitler tinha como divertimento a ópera. Algumas obras de Richard Wagner ajudaram na propagação dos ideais nazistas, pois glorificavam o passado mitológico da Alemanha. Ao usar esse artifício dramatúrgico, deu ao povo a esperança que necessitavam, ou seja, a prosperidade econômica do país e uma melhoria de vida ao povo.
A propaganda política nazista foi um dos fenômenos mais marcantes na história. Com ela Hitler, sem recorrer à forca militar, conseguiu a anexação da Áustria e da Tchecoslováquia ao reich e a queda da França.
Em Minha Luta, Hitler estabeleceu as regras básicas da propaganda política nazista, que seriam posteriormente ampliadas e estruturadas por Goebbels. A primeira pergunta que se fez é: a quem se deve dirigir a propaganda política: aos intelectuais ou à massa menos culta?

Os princípios propagandísticos de Goebbels, que nortearam a ação da propaganda política nazista à opinião pública resumidamente são:
- Os propagandistas devem ter acesso à informação sobre os acontecimentos e a opinião pública.;
- Toda a propaganda somente pode ser planejada e executada tomando como base informação existente;
- A propaganda deve ser planejada e executada por uma só autoridade;
- A propaganda deve possibilitar o deslocamento da agressão para o ódio.
A propaganda e o uso das técnicas de persuasão basearam-se nos mais sofisticados mecanismos psicológicos, mediante a exaltação do orgulho nacional, com slogans correspondentes aos mitos do romantismo alemão, à religião e à liturgia comunitária, com desfiles, paradas e festivais majestosos, em um clima de descontentamento e frustração do povo alemão de pós-guerra, contribuíram para o sucesso do nazismo.
E a Alemanha seduzida seguiu seu Führer num impulso até o fim, servindo-o com mais esforços que povo algum jamais ofereceu a um chefe. As ideias do partido eram claramente xenófobas, preconceituosas e anti-semitas. Mesmo assim, Hitler recebeu apoio da população, e esta quando se viu encurralada não tinha como reagir, já que a situação fugira fora do controle.
Por Cintia Trovo
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